O CHURRASCO DO FINDI É NA CASA DO TIO....

Por Nelson Goulart

Foto Ilustração

Estamos nos aproximando de mais um final de semana. Muitos já devem ter feitos seus planos: Ficar por casa para descansar. Sair na sexta e só retornar no domingo à noite, bater uma bolinha com os amigos no sábado pela tarde. Ir ao Beira Rio ver o colorado ou ir na Arena assistir ao tricolor.

 Seja qual for o plano, é quase certo que reunir os amigos e familiares para um bom churrasco não está na lista. Assim, como acontecia na década de 90. Quem daqui que está lendo agora não lembra destes encontros na casa de um tio, vizinho, onde por volta das 10hs a casa começava a ficar cheia, e barulhenta.

As crianças daquele tempo, hoje são pais, os pais se tornaram vovôs e os avós, infelizmente muitos já fizeram a viagem de retorno para a casa do Pai celestial. Ficaram as lembranças daqueles encontros dominicais onde as pessoas ficavam descontraídas, conversavam alegremente nos cantos da residência, os pequenos assistiam televisão na sala. Acompanhada por uma tia. As mulheres desfilavam com seus penteados da época e os homens ostentavam orgulhosos seus bigodes e cavanhaques.

No fundo uma música ecoava alto vindo do toca disco, quase sempre um pagode do SPC ou Raça Negra. Também tinha o sertanejo que rolava enquanto a carne assava na churrasqueira e o salsichão e a cerveja gelada circulavam entre os convidados.

Após a comilança sempre tinha um jogo de baralho nas mesas ou se reuniam na sala para assistir a um filme no vídeo K7. Alugado na locadora no sábado à tarde. E quando o relógio marcava 16hs da tarde, tinha o cafezinho da despedida, pois já era hora de voltar para casa e se preparar para mais uma semana de trabalho, no entanto, tinha a promessa de no próximo domingo voltar a se reunir para passar mais um dia juntos acompanhados de muito sorrisos e alegria.

Hoje ainda tem quem mantem estes encontros, porém, não é mais igual, conversas só entre os adultos, pois jovens, adolescentes e crianças ficam no celular o tempo todo. Nem dá tempo para aquela briguinha por causa de um brinquedo.

Ficaram tudo armazenado em nossas recordações.